quinta-feira, 31 de janeiro de 2013



AS MÚLTIPLAS DIMENSÕES DA ÉTICA EMPRESARIAL


por Marcelo de Aguiar Coimbra - 

Durante muito tempo, o único princípio que orientou a conduta das empresas foi a maximização do lucro. Se cada um perseguisse o seu próprio interesse, no livre jogo dos interesses dos diversos agentes econômicos, o resultado seria uma maior eficiência produtiva e, com isso, uma elevação da riqueza nacional e do bem-estar geral. É o que denominamos por ética empresarial utilitarista. A única função da empresa consistiria na elevação do bem-estar dos sócios ou acionistas e o seu único compromisso perante a sociedade seria o aumento da sua lucratividade.

Na últimas décadas verificou-se o esgotamento desta visão de mundo com o florescimento de uma nova cultura corporativa na qual a ética passou a ser considerada nas decisões empresariais. Este movimento pela ética nos negócios, iniciado sobretudo a partir da metade dos anos 80 nos EUA, espalhou-se por todo o mundo, atingindo mais recentemente também o Brasil. A noção de ética empresarial vem se alargando ao longo do tempo e nos dias atuais comporta uma série de dimensões, que serão analisadas resumidamente a seguir.
O primeiro compromisso ético da empresa é com o cumprimento da lei. Não simplesmente para evitar a imposição de alguma sanção, mas como um dever cívico. A cidadania não se compõe apenas por um conjunto de direitos, mas também por uma série de deveres, dentre eles, o de seguir as determinações legais e de pagar impostos. É a chamada ética da legalidade. A ética empresarial não se esgota na obediência às leis, mas começa no respeito por esse “mínimo ético”.
Outra dimensão mais elementar da ética empresarial (o que não significa que seja menos importante, pelo contrário) traduz-se na necessidade de a empresa comportar-se com integridade e honestidade, honrando promessas e compromissos, não se envolvendo em fraudes e atos de corrupção, assumindo a responsabilidade pelos seus atos. Atribuímos a ela a designação de ética empresarial da integridade.
Por sua vez, a ética empresarial humanista baseia-se no valor da dignidade da pessoa humana, noção que penetrou profundamente a consciência coletiva moderna, convertendo-se num verdadeiro patrimônio ético da humanidade. A economia deve estar a serviço do homem e não o homem a serviço da economia. O respeito absoluto ao ser humano deve informar todas as relações da empresa, tanto com seus funcionários, como com os demais stakeholders. Com a evolução da ética empresarial humanista, ganhou força a idéia de que os direitos humanos valem não apenas nas relações entre Estado e cidadão, mas também nas relações entre particulares, no que se incluem as empresas.
As empresas tornaram-se mais conscientes do impacto (positivo ou negativo) de suas atividades na sociedade e também de sua responsabilidade, enquanto ator social, pelo destino da comunidade em que está inserida. A transformação social pela construção de um mundo mais justo constitui uma tarefa comum e não apenas uma incumbência dos governos. A ética empresarial social não deve ser confundida com a mera ética empresarial da filantropia. Não basta fazer doações a organizações de interesse social, é preciso integrar a responsabilidade social na estratégia e na gestão empresarial, ou seja, adotar um novo “estilo” ou “modelo” de administração.
O ideário iluminista do século XIX repousava na premissa de que o progresso da civilização, fruto do império da razão, desencadearia o aumento da produtividade, da riqueza material, da felicidade e do bem-estar. A natureza, encarada apenas como uma fonte de matérias-primas e desprovida de qualquer valor ético, poderia ser aproveitada sem qualquer limite (“autoritarismo antropocêntrico”). A sensibilização para a “crise ecológica” provocou uma brusca alteração nesta concepção, conferindo à ação empresarial uma orientação “verde”. O desenvolvimento econômico deve se harmonizar com a preservação do meio ambiente. Nasce então o conceito de desenvolvimento sustentável e uma nova dimensão da ética empresarial: a ética empresarial ambiental ou ética empresarial da sustentabilidade.
Em razão dos diversos escândalos e fraudes que levaram à quebra de empresas americanas, fenômeno que também se verificou na Europa, cresceu a relevância de temas como transparência, accountability, compliance, defesa de sócios minoritários e prevenção de atos abusivos dos grandes executivos em razão de conflitos de interesse. Há uma redefinição dos deveres e relações entre executivos, diretores, comitê fiscal, auditores independentes, governo e órgãos reguladores. Este não deixa de ser um reflexo da acima denominada ética da integridade. De uma forma sintética, poderíamos nos referir especificamente à governança corporativa como uma faceta da ética empresarial da transparência.
Esta classificação entre diversas perspectivas da ética empresarial tem como objetivo facilitar a compreensão da questão. Em sua essência, a ética não se compõe de compartimentos estanques, subsistindo uma série de pontos de contato e interconexões entre as referidas dimensões da ética empresarial. A organização que pretenda levar a sério a ética, deverá estar preparada à dinâmica desses novos tempos, considerando todas as variações e implicações da ética empresarial na formulação e implementação das políticas e programas ligados ao assunto.
Marcelo de Aguiar Coimbra
Sócio do escritório Almeida Tavares Advogados.
Fonte: Empreender para Todos: http://www.empreenderparatodos.com.br/as-multiplas-dimensoes-da-etica-empresarial/

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013


4 dicas para não enlouquecer em um negócio familiar

Família e negócios se misturam com frequência e é preciso saber administrar as relações
São Paulo – Quando um empreendedor pensa em abrir um negócio, mas não tem sócios, ele corre buscar algum familiar disposto a entrar na sociedade. O que parece ser mais seguro e confiável, no entanto, pode se transformar em um pesadelo. “Existe uma grande dificuldade em separar família de empresa”, diz Pedro Martins Parreira, diretor da Parcon Consultoria.
Fernando Massi, sócio-fundador da rede Ortodontic Center, conhece bem esta situação. Há quatro anos, ele e a esposa, Ana Lucia de Souza Massi, convivem juntos no comando do negócio e da casa. “Minha mulher e alguns parentes estão na rede como franqueados. As divergências de opinião acontecem a toda hora. Tem que separar trabalho e relacionamento, mas a gente acaba misturando”, diz Massi.
O empresário conta que muitas decisões importantes geram conflitos entre o casal. “A gente acaba se desentendendo nas reuniões e é difícil chegar a um acordo no mesmo dia”, diz. Para evitar arruinar a empresa, eles decidiram criar um conselho que ajuda em questões estratégicas do negócio. “A gente coloca tudo em votação com assessores e coachings de cada área. Isso faz uma grande diferença e a empresa deixa de ser tão familiar com o conhecimento especifico dessas pessoas”, afirma.
Para manter a sanidade, não arruinar as relações familiares e proteger o negócio, veja as dicas de quem entende do assunto para ter sucesso com uma empresa familiar.
1. Divida as tarefas
Assim como Fernando e Ana Lucia, marido e mulher costumam dividir a sociedade da empresa e a divergência de opiniões pode causar estragos no relacionamento. Para Joseane Gomes, diretora comercial da consultoria Ametista Gestão, é preciso que cada um tenha um departamento para cuidar. “É muito difícil estar na mesma área com o mesmo poder de decisão e ter sucesso. Opiniões pessoais são difíceis de mudar e ainda entra sentimento. É preciso fazer uma gestão separada dentro da empresa”, diz Joseane.
Parreira complementa que esta é também uma maneira de aproveitar o que cada um tem de melhor. “Um dos fatores mais importantes da gestão está na soma do capital intelectual da sua equipe interna”, explica.
2. Seja profissional
Empresas que mantêm uma gestão familiar por muitos anos acabam ficando com a cara do dono, em todos os aspectos. Por exemplo, se o proprietário não gosta de determinada tecnologia, ela não é usada, mesmo que isso represente um crescimento menor.
“Empresas assim carregam uma carga muito forte da formação dos seus donos. Valores morais, aspectos culturais, formação escolar e o modo de vida do dono são transferidos para o negócio”, explica Parreira. A sugestão é fazer um diagnóstico dos pontos fortes e fracos e ver onde a família interfere nos resultados do negócio.
3. Tenha paciência
Além da paixão dos empreendedores, essas empresas lidam com os sentimentos da família. “Quando mistura o familiar com o profissional, você tem muita opinião e os interesses são muito opostos. Isso é difícil de administrar”, opina Joseane. Nesta hora, é importante manter a calma e ser racional na hora de tomar as decisões do negócio.
4. Prepare um sucessor
O problema maior da gestão familiar é quando o fundador não preparou um sucessor adequadamente. “Eu acredito no chão de fábrica. Quando você vai preparar alguém para ser o sucessor, você tem que levar a pessoa para começar lá de baixo, na produção e atendendo clientes”, sugere Joseane.
Segundo ela, um dos maiores erros é colocar filhos em diretoria, sem que eles conheçam o negócio a fundo. “Os valores da empresa não são repassados”, conta. Por isso, respeitar a vontade dos herdeiros e se preparar para uma gestão nas mãos de alguém de fora da família é importante. “Se não tem cabeça aberta e acompanha o mercado, não tem sucessão, os filhos ficam frustrados e acabam saindo do negócio”, explica.
FONTE: EXAME: http://exame.abril.com.br/pme/noticias/4-dicas-para-nao-enlouquecer-em-um-negocio-familiar

terça-feira, 22 de janeiro de 2013


O que você precisa saber para iniciar bem


Abrir e gerir uma empresa exige um conjunto de habilidades e conhecimentos. É preciso entender o mercado, o público que se deseja atingir e planejar bem o negócio. 

Uma boa gestão considera estratégias de marketing, um fluxo de caixa controlado e passa também por muita criatividade e inovação. 

O Sebrae criou um roteiro para facilitar a abertura da sua empresa. O site Quero Abrir um Negócio ajuda quem ainda não sabe por onde começar e aquele que já escolheu em que ramo atuar. 

Conte com o Sebrae no ambiente online, no atendimento presencial e bom proveito!


Que negócio abrir?

img - ideia
Você quer se tornar um empreendedor mas não sabe por onde começar ou que negócio abrir? Então, visite os menus IdeiasTipos e Ramos. Confira sugestões de como ganhar dinheiro; descubra o que é preciso ter para montar um negócio; e veja como o Sebrae classifica e apoia a atividade escolhida.

Vai abrir um negócio?
Para tornar um negócio realidade, é preciso perfil empreendedor, conhecer a realidade do mercado e organizar um plano de negócios. 

Desperte

img - desperteO primeiro passo para alcançar o sucesso é descobrir se você já tem as características do empreendedor. No menu Desperte o interesse, você encontra conteúdo que lhe ajudará a desenvolver as habilidades necessárias para gerir uma empresa. 



Reúna
img - reunaA seguir, você precisa coletar informações para dar subsídio consistente à criação da empresa. Acesse a página Reúna informações e saiba quais dados pesquisar e como fazer o levantamento. 



Conheça

img - conheçaA terceira iniciativa é organizar as informações coletadas. O menu Conheça o mercado lhe ajudará a construir o plano de negócios e a definir estratégias para posicionar corretamente a empreitada no mercado. 



Consulte 


img - consulteNa página Consulte a viabilidade você encontra dicas de gestão financeira e descobre como identificar se o projeto trará retorno financeiro. 




Registre 

img - registreA última etapa é registrar o negócio. Visite o menu Registre a empresa e saiba o que é necessário para formalizar o empreendimento.


FONTE: SEBRAE - http://www.sebrae.com.br/momento/quero-abrir-um-negocio


Microempreendedor Individual inclui                      novas atividades


O reparador de artigos de tapeçaria e o fabricante de calhas - peças colocadas nas bordas de telhados para captar água das chuvas -, o chamado “Calheiro”, são duas profissões que passam a integrar a relação de ocupações reconhecidas comoMicroempreendedor Individual (MEI), a partir de 2013. Agora, esses trabalhadores também poderão formalizar seus negócios e usufruir de vários benefícios, como aposentadoria por idade, salário-maternidade e auxílio-doença. 


A medida foi determinada pelo Comitê Gestor do Simples Nacional, por meio de resolução publicada no Diário Oficial da União, em dezembro de 2012. A medida estipula também outra alterações para o MEI, como o fim do Imposto Sobre Serviços (ISS) para comerciantes de equipamentos e suprimentos de informática; a cobrança do ISS para as categorias: fabricante de artefatos estampados de metal, de esquadrias metálicas, de painéis e letreiros luminosos; marceneiros; serralheiros; recicladores de borracha, madeira, papel e vidro, de materiais metálicos (exceto alumínio); de materiais plásticos; de sucatas de alumínio; mudança da denominação de caminhoneiro de cargas perigosas para a inclusão da expressão intermunicipal e interestadual. 

A resolução também estipula que a Procuradoria Geral da Fazenda Nacional poderá editar Portaria específica acerca do parcelamento de débitos do Simples Nacional inscritos em Dívida Ativa da União e relativos aos exercícios 2007/2008.

FONTE: Pequenas Empresas & Grandes Negócios - Online: http://revistapegn.globo.com/Revista/Common/0,,EMI329015-17180,00-MICROEMPREENDEDOR+INDIVIDUAL+INCLUI+NOVAS+ATIVIDADES.html

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013



Conheça agora a história de cinco empresas familiares que deram certo

Empreendedor deve tomar cuidado para que as relações pessoais não prejudiquem o negócio
Abrir o próprio negócio, gerir com eficiência e transformá-lo em um empreendimento bem sucedido já é uma tarefa que exige do empresário um perfil de liderança bastante apurado. A tarefa ainda pode ganhar um desafio extra se a empresa for familiar. O principal ponto de atenção é não ultrapassar os limites do bom senso e separar o que é trabalho do que é vida pessoal para que relações não sejam arranhadas.

Uma empresa familiar deve possuir regras claras sobre os procedimentos e, acima de tudo, usar profissionalismo na gestão dos negócios. Principalmente na tomada de decisões para que a empresa não seja prejudicada. Aproveitar os pontos positivos que as relações familiares proporcionam pode ajudar no processo. O Estadão PME selecionou cinco histórias de empresas familiares que deram certo. Confira:

Imaginarium. Sebastião Rosa buscava qualidade de vida quando decidiu – na década de 90 – largar a carreira de médico e mudar-se com a família para Florianópolis. Como meio de vida, ele criou com a mulher, Karin Rosa, a Imaginarium. O casal apostou em inovação, algo tão presente na identidade da empresa que hoje a Imaginarium lança em média 400 produtos por ano. Seis anos atrás, Sebastião Rosa e a mulher afastaram-se do comando da empresa e contrataram um gestor profissional, que administra o empreendimento desde então. As filhas do casal ajudam nesta tarefa. Nanina, formada em arquitetura, é responsável pelo marketing. Cecília cuida das áreas de criação e desenvolvimento de produto. Karin faleceu um ano e meio atrás, vítima de câncer. Contudo, ela ainda parece presente. Na vida e empresa de Rosa. “O importante foi o sonho de um casal romântico de meia idade que estava em crise e que fez uma empresa com o coração.”

Di Cunto. A Di Cunto funciona no bairro paulistano da Mooca há 77 anos. A empresa abriu as portas em 1935 e foi idealizada pelo patrono da família Di Cunto, Donato, que percebeu na imigração de seus conterrâneos para o Brasil uma boa oportunidade para produzir pães conforme a receita italiana. Hoje, tanto tempo depois da inauguração, o negócio continua essencialmente familiar – é controlado pelos descendentes diretos de Donato Di Cunto – e atende cerca de cinco mil consumidores todas as semanas. Marcos Di Cunto Júnior, gerente de marketing da empresa, é representante da quarta geração da família. Júnior começou no negócio há sete anos, em um momento que classifica como difícil – o empreendimento não acompanhava a concorrência e pecava em relação ao posicionamento de mercado que pretendia ocupar. Para retomar o caminho, a empresa apostou justamente no seu principal atributo: a união da família em torno do negócio. Auxiliaram nessa recuperação Marcos Di Cunto, diretor financeiro e pai de Marcos Júnior, e Reinaldo Di Cunto, diretor industrial e pai de Fernanda, nutricionista da empresa.

Esfiha Juventus
. A Esfiha Juventus tem história,  fama e tradição. Trata-se de uma empresa familiar localizada no paulistaníssimo bairro da Mooca, na Zona Leste da capita paulista.Tamer Abrahão, fundador e a alma do negócio durante décadas, faleceu em 1998. Sua mulher, Wanda, e o filho Alexandre então assumiram a gestão. Só dez anos depois é que Celso, também filho de Tamer, decidiu abandonar a carreira de engenheiro mecânico para se dedicar integralmente à empresa. Ao chegar, deparou-se com um cenário complicado. Os funcionários nem sequer usavam uniforme. E os clientes só podiam pagar a conta com dinheiro ou cheque – nenhum cartão era aceito. Também não havia sistema de delivery. O engenheiro, então, iniciou o processo de profissionalização da empresa. O resultado apareceu: o faturamento triplicou em três anos. “Mudamos com cuidado para não assustar clientes e funcionários”, relata.

Flexform. Em 46 anos de existência, a Flexform já teve tempo de acertar, crescer, patinar, mudar de rumo e crescer ainda mais. A empresa, fundada em Guarulhos, na grande São Paulo, pelo imigrante italiano Ernesto Ianonni, produzia apenas componentes para a montagem de cadeiras. Mas sob a orientação do filho, Pascoal Ianonni, o negócio passou a fabricar a cadeira inteira. A mudança começou a ocorrer no final dos anos 90, quando Pascoal, formado em administração, percebeu que o negócio da família sofria uma ameaça. Para não correr riscos, o empresário começou a alterar o modelo de negócio para que, aos poucos, as cadeiras saíssem prontas da Flexform.

O sucesso da mudança, porém, custou caro à família porque Ernesto não aceitou a atitude do filho. Pascoal economiza comentários sobre o assunto, mas refere-se ao pai somente como “o fundador”. Chegar ao comando da empresa também teve um preço alto para Pascoal. Para colocar em prática a nova estratégia da empresa e mostrar que estava certo, o empresário exagerou na dose de trabalho. Com uma crise de estresse, teve de afastar-se da Flexform por dois anos – bem no momento que seu plano começava a deslanchar. O filho voltou à empresa em 2009. No ano seguinte, Ernesto vendeu sua parte no negócio e Pascoal, com o apoio da mãe e do irmão, assumiu o controle definitivo. 

Preta Pretinha. Em 1998, as irmãs Antonia e Lucia Venâncio abriram uma cafeteria toda caprichada, no Jardim Bonfiglioli, na zona oeste de São Paulo. Tinham todo detalhamento financeiro do negócio, bom produto, atendimento cuidadoso, mas ainda assim o negócio não decolava. Depois de 18 meses sem retorno, o jeito foi fechar as portas.  Em 2000, as irmãs abriram a Preta Pretinha, uma loja que vende bonecas étnicas na Vila Madalena, zona oeste. Mas antes, fizeram muita pesquisa. Com isso, descobriram, por exemplo, que as bonecas de pano fariam mais sucesso com o público A e B do que as bonecas de vinil.Resultado: hoje, a Preta Pretinha vende cerca de 2mil bonecas por mês, que custam a partir de R$ 10, e tem clientes como USP e Sesc.


FONTE: ESTADÃO - http://pme.estadao.com.br/noticias/noticias,conheca-agora-a-historia-de-cinco-empresas-familiares-que-deram-certo,2248,0.htm

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

5 Empreendedores de Sucesso indicam livros que marcaram suas vidas
Por trás de negócios de êxito, como Cacau Show, CVC, Habib´s, Nobel e Wizard, empresários indicam leituras para quem quer ter uma empresa e sucesso.
Alexandre Tadeu da Costa, Cacau Show

Com apenas 17 anos, Alexandre Tadeu da Costa ingressou no ramo dos chocolates, criando uma das redes de franquias mais bem-sucedidas do Brasil, a Cacau Show. “Qual é a tua obra?”, (Mario Sergio Cortella) é uma das leituras recomendadas por ele a quem quer empreender. “É uma lição de vida. Com ele, me aprofundei ainda mais nas questões de liderança, tema muito importante para um empreendedor, e na questão da inovação, ou seja, a capacidade de se reinventar a cada dificuldade encontrada no caminho”, destaca.
Para entender melhor o consumidor, Costa recomenda “Desejos Contemporâneos”(Beth Furtado), que trata de questões atuais da sociedade, como o consumo frenético, e  “Luxo for All” (José Luiz Tejon, Roberto Panzarini e Victor Megido), para entender a nova classe média e seus desejos.
Para fechar sua lista, o empreendedor recomenda ainda “Made in America” (Sam Walton e John Huey) e “Onward” (Howard Schultz e Joanne Gordon) , que contam a história de duas grandes norte-americanas – Walmat e Starbucks, respectivamente –, retratando os desafios de construir um negócio de sucesso.

Guilherme Paulus, CVC

Fundador da CVC, Guilherme Paulus leu a primeira edição de “O Maior Vendedor do Mundo”, (Og Mandino),  que conta a história de Hafid, um pobre guardador de camelos que alcança a riqueza, há mais de 10 anos. O empreendedor adotou como lema a máxima do livro: superar os feitos dos concorrentes é bom, mas superar os próprios feitos é tudo. “É preciso saber combinar amor e paixão pelo que se faz a um sistema eficaz de vendas, para ter saúde física e mental admirável, além de poder e riqueza” diz.
A biografia de Lee Iacocca, filho de imigrantes italianos que se tornou presidente da Ford, também foi uma importante influência para o empreendedor. Em “Lee Iacocca, Uma Autobiografia” (Lee Iacocca), o empresário conta como superou o baque de ser demitido depois de se dedicar 32 anos à companhia. Em seguida, assumiu a presidência da Chrysler, que logo enfrentaria uma dura crise. “Mesmo em face de todos esses problemas, ele não desistiu de vencer. A derrota nunca foi uma alternativa na sua vida” destaca Paulus. “Além disso, o livro mostra que as pessoas que chegaram num posto muito elevado são seres humanos, que também passaram por dificuldades e cometeram erros”, ele acrescenta.

Carlos Wizard Martins, Grupo Multi

Para Carlos Wizard Martins, fundador da escola Wizard, que já adquiriu dez redes de ensino concorrentes ao longo da sua trajetória, o livro “A Universidade de Sucesso” (Og Mandino) é uma referência fundamental para quem quer se tornar um empreendedor bem-sucedido.  “Em minha opinião, ele possui a maior coletânea de tópicos de diversas áreas do conhecimento que um empreendedor terá que lidar em seu dia a dia”, destaca. 
“O homem mais rico da Babilônia” (George S. Clason) é outra referência importante para o empreendedor. “Este livro fascinante prende a atenção do leitor por conter dicas sábias, milenares e, ao mesmo tempo, contemporâneas de como lidar com o dinheiro. Trata-se de uma literatura clássica para quem deseja dominar o planejamento financeiro pessoal ou empresarial. Ele é tão válido para o milionário como para quem ganha um salário mínimo por mês”, recomenda.
“Os 7 hábitos de pessoas altamente eficazes”(Stephen R. Covey), já mencionado por Sérgio Milano Benclowicz, também aparece na lista de Martins. “É valioso por apresentar soluções nas esferas pessoal, familiar, empresarial, física e espiritual. É um livro para ser lido e relido várias vezes”, destaca.

Sérgio Milano Benclowicz, Nobel

O livro “A Meta” (Jeff Cox) ajudou o empreendedor Sérgio Milano Benclowicz, herdeiro e diretor da rede de livrarias Nobel, a aprender a lidar com as adversidades do dia a dia de um negócio. “Graças ao livro, pude evitar muitos problemas e encurtar caminhos”, conta. No romance, o autor trata dos princípios de funcionamento de uma indústria, questionando como seria possível solucionar problemas como atrasos na produção e baixa receita.
Outra obra que influenciou a trajetória de Benclowicz foi “Os 7 hábitos de pessoas altamente eficazes” (Stephen R. Covey). “Me ensinou a importância do foco e de começar com o objetivo final em mente”, diz. O best seller mostra como é possível melhorar o desempenho no trabalho e conquistar satisfação pessoal adotando um certo conjunto de princípios no dia a dia.

Alberto Saraiva, Habib’s

Filho de imigrantes portugueses, Alberto Saraiva abandonou a faculdade de Medicina para assumir a padaria do pai. Depois de se aventurar em botecos, cantinas, pizzarias e pastelarias, criou uma das redes de fast food mais bem-sucedidas do país, o Habib’s. Um livro que marcou a trajetória do empreendedor foi“O sucesso não ocorre por acaso” (Lair Ribeiro), que argumenta que o êxito, seja nos negócios ou em qualquer aspecto da vida, não é resultado da sorte, mas sim de estar preparado para enxergar e agarrar as oportunidades.
“Esse livro marcou tanto a minha vida que trouxe o Lair para falar para os meus funcionários na primeira oportunidade que tive”, conta. Outra obra que influenciou o empreendedor foi “O Maior Vendedor do Mundo” (Og Mandino), que também apareceu na lista de Guilherme Paulus, fundador da CVC. Os dois empresários não estão sozinhos: gigantes como Coca-Cola e Volkswagen compraram milhares de exemplares do livro para distribuir aos seus funcionários.

FONTE: REVISTA EXAME - http://exame.abril.com.br/pme/noticias/5-empreendedores-de-sucesso-indicam-livros-que-marcaram-suas-vidas#1 

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013


EMPREENDEDORES & ALGUMAS CARACTERÍSTICAS


O termo empreendedor — do francês entrepreneur — significa aquele que assume riscos e começa algo novo. O empreendedor é a pessoa que consegue fazer os planos acontecerem, pois é dotado de sensibilidade para os negócios, tem desenvoltura para a área financeira e além de uma capacidade de identificar as oportunidades. Com esse arsenal, transformar idéias em realidade não é difícil  Os empreendedores possuem uma criatividade aguçada e um alto nível de energia, estes demonstram imaginação e perseverança, aspectos que, combinados adequadamente o habilitam a transformar uma ideia simples e mal-estruturada em algo concreto e bem-sucedido no mercado.
Não existe o verdadeiro perfil empresarial, o que existe são empreendedores que proveem de experiências profissionais, educacionais e situações familiares e vivencias profissionais variadas. Portanto, o empreendedor pode ser médico, secretária, trabalhador da linha de montagem, representante comercial, gerente, engenheiro, professor, não há uma profissão que diga que este é o perfil do empreendedor. 
Apesar da literatura mostrar vários aspectos sobre as características empreendedoras, as mais fáceis de perceber são:  necessidade de reconhecimento; necessidade de poder e status; necessidade de segurança; necessidade de auto realização e inovação; capacidade de persuasão; auto-confiança; disposição ao risco; perseverança, entre outras.
Uma pessoa empreendedora precisa ter características diferenciadas como originalidade, ter flexibilidade e facilidade nas negociações, tolerar erros, ter iniciativa, ser otimista, ter auto-confiança e ter intuição e ser visionário para negócios futuros. 
Um empreendedor é um administrador, necessita ter conhecimentos administrativos, ter uma política para a empresa, ter diligência, prudência e comprometimento.

  • Abrir a primeira empresa é como ganhar asas!
Ser empreendedor é voar, quando uma pessoa se lança ao desafio de criar um negócio próprio ela está literalmente ganhando asas. A metáfora de voar pela primeira vez e abrir a primeira empresa foi descrita no livro "O Voo do Camaleão" e ilustra os desafios pelos quais irão passar os empreendedores, bem como suas recompensas pelos riscos assumidos.

  • As coisas podem ficar melhores
Um empreendedor deve acreditar que o modelo atual pode ser melhorado. Ele compreende que não será nada fácil traduzir esta frase em resultados e por isso, é a primeira pessoa a aceitar o desafio de mudar. É a primeira pessoa a se responsabilizar caso algo falhe em toda a trajetória do empreendimento. Empreendedores gostam de mudanças.

  • A arte de ver mais longe e evoluir com erros
Através de mudanças, se obtém experiências e estas, traduzem-se em ciência, que por sua vez é utilizada para fins evolutivos. Logo não parece ser apenas um golpe de sorte, quando observamos elevado know-how de empreendedores em ambientes de negócios.
Quando há evolução, há melhora. Definitivamente, empreendedores são pessoas que não apreciam situações de normalidade ou mediocridade.
Empreendedores são antes de tudo, pessoas que tem a capacidade de enxergar o invisível. A isso, aplica-se a máxima: Empreendedores possuem visão.

  • Empreendedores adoram não como resposta
Inovações em corporações e corporações com inovações, surgem em sua maioria das vezes, em momentos de necessidade. Momentos de necessidade demandam grandes soluções, que por sua vez, demandam grandes idealizadores. Para qualquer solução necessária, exigi-se riscos e tentativas. Riscos e tentativas costumam estar presentes em ambientes dinâmicos e hostis. Em resumo, alguém precisa ter "estrutura" profissional e emocional para ir em direção contrária do fluxo praticado. Em primeira estância e, em 99% das vezes, o primeiro feedback solicitado trará péssimos incentivos. "Não, isto não vai dar certo". Empreendedores adoram não como resposta, eles seguem adiante exaurindo possibilidades e visionando o por vir.

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Empreendedorismo

terça-feira, 15 de janeiro de 2013


10 Filmes a que todo Empreendedor deve Assistir


Muitas vezes saímos do cinema encantados depois de assistir a um filme. Uma boa história serve de modelo e inspiração para qualquer espectador. Por isso separamos dez filmes a que todos os empreendedores deveriam assistir. Com mensagens diretas e indiretas, atitudes lícitas (e às vezes nem tanto), eles mostram a atuação no mundo dos negócios. Prepare sua pipoca e inspire-se com a lista abaixo, composta por filmes mais recentes e outros tirados do fundo do baú. 



Longe de ser um filme sobre esporte, O homem que mudou o jogo mostra como o treinador Billy Beane (Brad Pitt) fez o Oakland Athletics se destacar na liga nacional de beisebol. A grande sacada de Beane para fazer isso foi analisar estatísticas da equipe, que tinha a menor folha salarial entre as competidoras. 




A rede social conta a história de Mark Zuckerberg (Jesse Eisenberg), o fundador do Facebook, mostrando a criação da rede dentro da universidade Harvard, em 2003. Mostra sua controversa relação com outros fundadores, como o brasileiro Eduardo Saverin (Andrew Garfield), e com empreendedores, como Sean Parker (Justin Timberlake), o primeiro presidente do Facebook. 




Um dos maiores sucessos recentes do cinema indiano, Quem quer ser um milionário mostra o jovem Jamal Malik (Dev Patel) num famoso programa de perguntas e respostas na TV. Jamal busca em sua própria história, marcada por uma infância miserável e violenta, as respostas para as questões perguntadas pelo apresentador. É um exemplo de busca de força interior, algo essencial para empreendedores. 




Em À procura da felicidade, Will Smith interpreta Chris Gardner, um pai de família com problemas financeiros. Tantos que sua mulher sai de casa, deixando o filho Christopher (Jaden Smith), de 5 anos. Chris consegue um estágio não-remunerado numa corretora de valores, mas não consegue dar conta das despesas da casa. Com isso, ele e o menino acabam dormindo em abrigos e estações de trem. É um grande exemplo de que se você tem um sonho, não deve desistir de alcançá-lo. 




Um clássico entre os apaixonados por tecnologia, Piratas da informática também é conhecido como Piratas do Vale do Silício. O filme mostra o começo de duas das principais empresas de tecnologia do mundo, a Apple e a Microsoft. Retrata as brigas de bastidores entre Steve Jobs (Noah Wyle) e Bill Gates (Anthony Michael Hall), a concorrência entre as companhias e sua importância no setor. 




Depois de uma crise de consciência, o bem-sucedido agente esportivo Jerry Maguire escreve um documento defendendo que os agentes deveriam cuidar da carreira dos atletas de forma mais humana, ainda que isso significasse ganhar menos. Depois disso, acaba sendo demitido da consultoria onde trabalhava e perde seus clientes, à exceção do jogador de futebol americano Rod Tidwell (Cuba Gooding Jr). Jerry Maguire – A grande virada é um filme que mostra como é possível vencer depois de um fracasso. 




Baseado numa história real, o filme mostra a trajetória de Preston Tucker (Jeff Bridges), um empreendedor que tinha o sonho de criar um carro à frente de seu tempo. Depois da Segunda Guerra Mundial, ele construiu o Trucker Torpedo, um carro mais seguro e veloz que os concorrentes da época. O projeto, no entanto, não deslanchou, pois sofreu com o lobby da indústria automobilística americana. 




O jovem Brantley Foster (Michael J. Fox) deixa uma cidadezinha no Kansas para tentar o sucesso em Nova York. Ao chegar lá, as coisas não saem como planejadas e ele se vê obrigado a pedir um emprego ao tio, Howard Prescott (Richard Jordan), que controla uma empresa milionária. Como o trabalho é modesto, Brantley, decide levar uma vida dupla, criando um personagem chamado Carlton Whitfield, um executivo de ideias brilhantes, mas que ninguém sabe de onde veio. 




Wall Street – Poder e cobiça mostra que se você quer ser bem-sucedido, precisa enfrentar riscos. Bud Fox (Charlie Sheen) é um corretor ambicioso que trabalha no mercado financeiro. Certo dia, dá ao bilionário Gordon Gekko (Michael Douglas) algumas informações sigilosas e acaba se tornando seu discípulo, abrindo mão de ética, valores e escrúpulos para ter sucesso. 




A clássica trilogia dispensa muitas recomendações e mostra a trajetória da família Corleone e seus negócios ilícitos. Mostra as vantagens e as desvantagens de empreender “em família”.


Fonte - Revista Pequenas Empresas & Grandes Negócios Online
http://revistapegn.globo.com/Revista/Common/0,,EMI324674-17180,00-FILMES+A+QUE+TODO+EMPREENDEDOR+DEVE+ASSISTIR.html

Microempreendedor Individual - MEI


Microempreendedor Individual (MEI) é a pessoa que trabalha por conta própria e que se legaliza como pequeno empresário. Para ser um microempreendedor individual, é necessário faturar no máximo até R$ 60.000,00 por ano e não ter participação em outra empresa como sócio ou titular. O MEI também pode ter um empregado contratado que receba o salário mínimo ou o piso da categoria.
Lei Complementar nº 128, de 19/12/2008, criou condições especiais para que o trabalhador conhecido como informal possa se tornar um MEI legalizado.
Entre as vantagens oferecidas por essa lei está o registro no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ), o que facilita a abertura de conta bancária, o pedido de empréstimos e a emissão de notas fiscais.
Além disso, o MEI será enquadrado no Simples Nacional e ficará isento dos tributos federais (Imposto de Renda, PIS, Cofins, IPI e CSLL). Assim, pagará apenas o valor fixo mensal de R$ 32,10 (comércio ou indústria) ou R$ 36,10 (prestação de serviços), que será destinado à Previdência Social e ao ICMS ou ao ISS. Essas quantias serão atualizadas anualmente, de acordo com o salário mínimo.
Com essas contribuições, o Microempreendedor Individual tem acesso a benefícios como auxílio maternidade, auxílio doença, aposentadoria, entre outros.
Formalização
A formalização do Microempreendedor Individual poderá ser feita de forma gratuita no próprio Portal do Empreendedor.
Após o cadastramento do Microempreendedor Individual, o CNPJ e o número de inscrição na Junta Comercial são obtidos imediatamente, não sendo necessário encaminhar nenhum documento (e nem sua cópia anexada) à Junta Comercial.
O Microempreendedor Individual também poderá fazer a sua formalização com a ajuda de empresas de contabilidade que são optantes pelo Simples Nacional e estão espalhadas pelo Brasil. Essas empresas irão realizar a formalização e a primeira declaração anual sem cobrar nada.
Custos após a formalização
Após a formalização, o empreendedor terá o seguinte custo:
- Para a Previdência: R$ 31,10 por mês (representa 5% do salário mínimo que é reajustado no início de cada ano);
- Para o Estado: R$ 1,00 fixo por mês, se a atividade for comércio ou indústria;
- Para o Município: R$ 5,00 fixos por mês, se a atividade for prestação de serviços.


Pagamento
O pagamento desses valores é feito por meio do Documento de Arrecadação do Simples Nacional (DAS), que pode ser gerado por qualquer pessoa em qualquer computador conectado à internet. O pagamento deve ser feito na rede bancária e casas lotéricas, até o dia 20 de cada mês.
Alerta importante
Lembre-se de que toda atividade a ser exercida, mesmo na residência, necessita de autorização prévia da Prefeitura, que nesse caso será gratuita. O Sebrae é outro parceiro que oferece orientação gratuita sobre a formalização.
Obtenção de alvará
A concessão do Alvará de Localização depende da observância das normas dos Códigos de Zoneamento Urbano e de Posturas Municipais. Assim, a maioria dos municípios mantém o serviço de consulta prévia para o empreendedor saber se o local escolhido para estabelecer a sua empresa está de acordo com essas normas. Além disso, outras normas devem ser seguidas, como as sanitárias, por exemplo, para quem manuseia alimentos. Antes de qualquer procedimento, o empreendedor deve consultar as normas municipais para saber se existe ou não restrição para exercer a sua atividade no local escolhido, além de outras obrigações básicas a serem cumpridas.
No momento da inscrição, o interessado declara que cumpre e entende a legislação municipal e que a obedecerá, sob pena de ter cancelado o seu alvará provisório, que tem validade de 180 dias.
O ambulante, assim como quem trabalha em lugar fixo, precisa conhecer as regras municipais a respeito do tipo de atividade e do local onde irá trabalhar antes de fazer o registro. O Portal do Empreendedor emite um documento que autoriza o funcionamento imediato do negócio. Porém, o empreendedor tem de verificar se as normas e posturas municipais estão sendo cumpridas. Isso é importante para que não haja prejuízo à coletividade e ao próprio empreendedor que, caso não cumpra as normas como declarou, estará sujeito a multas, apreensões e até mesmo ao fechamento do empreendimento e cancelamento de seus registros.
Caso o município constate alguma ilegalidade nessa declaração, durante os 180 dias de validade do documento que equivale ao alvará provisório, o registro da empresa poderá ser cancelado.
Caso o empreendedor não disponha dessa informação, recomenda-se que ele não finalize o registro. O Sebrae, os escritórios de contabilidade e a própria administração municipal podem prestar as informações necessárias.
Relatório Mensal das Receitas Brutas
Todo mês, até o dia 20, o Microempreendedor Individual deve preencher (pode ser manualmente), o Relatório Mensal das Receitas que obteve no mês anterior.
Deve anexar ao Relatório as notas fiscais de compras de produtos e de serviços, bem como das notas fiscais que emitir.

Declaração Anual Simplificada

Todo ano o Microempreendedor Individual deve declarar o valor do faturamento do ano anterior. A primeira declaração pode ser preenchida pelo próprio Microempreendedor Individual ou pelo contador optante pelo Simples, gratuitamente.
Custo para contratação de um empregado

O Microempreendedor Individual (MEI) pode ter um empregado ganhando até um salário mínimo ou o piso salarial da profissão.
O Microempreendedor Individual deve preencher a Guia do FGTS e Informação à Previdência Social (GFIP) que é entregue até o dia 7 de cada mês, através de um sistema chamado Conectividade Social da Caixa Econômica Federal.
Ao preencher e entregar a GFIP, o Microempreendedor Individual deve depositar o FGTS, calculado à base de 8% sobre o salário do empregado. Além disso, deverá recolher 3% desse salário para a Previdência Social.
Com esse recolhimento, o Microempreendedor Individual protege-se contra reclamações trabalhistas e o seu empregado tem direito a todos os benefícios previdenciários como, por exemplo, aposentadoria, seguro-desemprego, auxílio por acidente de trabalho, doença ou licença maternidade.
Todas as contas necessárias para esses cálculos são feitas automaticamente pelo sistema GFIP, que deve ser baixado da página da Receita Federal na internet, na parte de download de programas.
Em resumo, o custo total do empregado para o Microempreendedor Individual é 11% do respectivo salário, ou R$ 59,95, se o empregado ganhar o salário mínimo. O cálculo é sempre feito pelo valor do salário multiplicado por 3% (parte do empregador) e por 8% (parte do empregado).
É preciso lembrar também que todos os demais direitos trabalhistas do empregado devem ser respeitados.
Documentação
O Microempreendedor Individual está dispensado de contabilidade e, portanto, não precisa escriturar nenhum livro. No entanto, ele deve guardar as notas de compra de mercadorias, os documentos do empregado contratado e o canhoto das notas fiscais que emitir.
Atraso do pagamento
Caso haja esquecido de fazer o pagamento na data certa, será cobrado de juros e multa. A multa será de 0,33% por dia de atraso e está limitado a 20%, e os juros serão calculados com base na taxa Selic, sendo que para o primeiro mês de atraso os juros serão de 1%.
Após o vencimento deve ser gerado novo DAS relativo ao mês em atraso, que já virá com os acréscimos dos juros e multa.
Ambulantes
Antes de se formalizar, o ambulante, com ou sem lugar fixo, deve verificar na Prefeitura de sua cidade se pode exercer sua atividade no local escolhido. A obtenção do CNPJ, a inscrição na Junta Comercial e o Alvará Provisório não dispensam o atendimento às normas de ocupação dos Municípios, que devem ser observadas e obedecidas.
Embora o Portal do Empreendedor faça a emissão do documento que autoriza o funcionamento imediato do empreendimento, as declarações do empresário, de que observa as normas e posturas municipais, são fundamentais para que não haja prejuízo à coletividade e ao próprio empreendedor que, caso não seja fiel ao cumprimento das normas como declarou, estará sujeito a multas, apreensões e até mesmo fechamento do empreendimento e cancelamento do seu registro.
Contabilidade
A contabilidade formal como livro diário e razão é dispensada. Também não é preciso ter Livro Caixa.
Contudo, o empreendedor deve zelar pela sua atividade e manter um mínimo de controle em relação ao que compra, ao que vende e quanto está ganhando. Essa organização mínima permite gerenciar melhor o negócio e a própria vida, além de ser importante para crescer e se desenvolver.


Faturamento superior a R$ 60.000,00
Nesse caso há duas situações:
Faturamento maior que R$ 60.000,00, porém não ultrapassou R$ 72.000,00.
Nesse caso o seu empreendimento passará a ser considerado uma Microempresa. A partir daí o pagamento dos impostos passará a ser de um percentual do faturamento por mês, que varia de 4% a 17,42%, dependendo do tipo de negócio e do montante do faturamento. O valor do excesso deverá ser acrescentado ao faturamento do mês de janeiro e os tributos serão pagos juntamente com o DAS referente àquele mês.
Faturamento superior a R$ 72.000,00.
Nesse caso o enquadramento no Simples Nacional é retroativo e o recolhimento sobre o faturamento, conforme explicado na primeira situação, passa a ser feito no mesmo ano em que ocorreu o excesso no faturamento, com acréscimos de juros e multa.
Por isso, recomenda-se que o empreendedor, ao perceber que seu faturamento no ano será maior que R$ 72.000,00, inicie imediatamente o cálculo e o pagamento dos tributos por meio do aplicativo PGDAS, acessando diretamente o Portal do Simples Nacional.
Trabalho para outras empresas
O Microempreendedor Individual não poderá realizar cessão ou locação de mão-de-obra. Isso significa que o benefício fiscal criado pela Lei Complementar 128/2008 é destinado ao empreendedor, e não à empresa que o contrata.
Significa, também, que não há intenção de fragilizar as relações de trabalho, não devendo o instituto ser utilizado por empresas para a transformação em Microempreendedor Individual de pessoas físicas que lhes prestam serviços.
Alteração e Baixa (extinção) da Inscrição:
É possível fazer tanto a alteração dos dados cadastrais quanto a baixa do registro do MEI diretamente no Portal do Empreendedor e não tem custo.
Basta acessar o formulário correspondente e preencher os dados. O processo é simples e resultado é imediato. 


ALGUNS BENEFÍCIOS
Cobertura Previdenciária 
Cobertura Previdenciária para o empreendedor e sua família (auxílio-doença, aposentadoria por idade, salário-maternidade após carência, pensão e auxilio reclusão), com contribuição mensal reduzida - 5% do salário mínimo, hoje                 R$ 31,10.
Com essa cobertura o empreendedor estará protegido em casos de doença, acidentes, além dos afastamentos para dar a luz no caso das mulheres e, após 15 anos, a aposentadoria por idade. A família do empreendedor terá direito à pensão por morte e auxílio-reclusão.
Redução da Carga Tributária
Baixo custo para se formalizar, sendo valor fixo por mês de R$ 1,00  atividade de comércio - ICMS e R$ 5,00 atividade de serviços - ISS. O  valor  pago  ao INSS tem o objetivo de oferecer cobertura Previdenciária ao  Empreendedor e sua família a baixo custo.
O custo da formalização é de fato muito baixo. No máximo R$ 37,10 por mês, fixo. Além de permitir ao empreendedor saber quanto gastará por mês, sem surpresas, lhe dará condições de crescer, pois o seu negócio contará com apoio creditício e gerencial, além da tranqüilidade para trabalhar em razão da cobertura Previdenciária própria e da família.
Segurança Jurídica 
A formalização está amparada em Lei Complementar que impede alterações por Medida Provisória e exige quorum qualificado no Congresso Nacional.
O Empreendedor Individual é fruto da aprovação, pelo Congresso Nacional, da Lei Complementar 128/08 que foi prontamente sancionada pelo Presidente Lula. O fato de ser uma Lei Complementar dá segurança ao Empreendedor porque ele sabe que as suas regras são estáveis e para serem alteradas necessitam de outra Lei Complementar a ser votada também pelo Congresso Nacional e sancionada pelo Presidente da República, ou seja, há uma grande segurança jurídica de que as regras atuais não serão alteradas facilmente.
Acesse o Portal do Empreendedor para outras informações sobre o MEI: http://www.portaldoempreendedor.gov.br/mei-microempreendedor-individual

Fonte: Portal do Empreendedor 
http://www.portaldoempreendedor.gov.br/mei-microempreendedor-individual