quarta-feira, 30 de outubro de 2013


BNDES cria programa inédito para financiar design, moda e marcas brasileiras


Uma das apostas da indústria do país para ganhar mercados, num cenário de crise e excesso de oferta de mercadorias em escala global, é investir em produtos diferenciados. Para apoiar tal iniciativa, o BNDES lançou um programa inédito para financiar, com juros mais baixos, design, moda e marcas brasileiras.

Com orçamento de R$ 500 milhões e taxas atrativas, segundo o banco, o projeto tem objetivo de "estimular aumento da competitividade de empresas brasileiras".

A nova linha de crédito tem um dos mais baixos custos de crédito do BNDES --TJLP, taxa de referência do banco de fomento, atualmente em 5% ao ano, mais 0,9% e mais taxa de risco, de acordo com a avaliação de rating da empresa.

Ana Costa, chefe de departamento do BNDES responsável pela nova linha de crédito, disse que o financiamento visa fomentar as exportações brasileiras e também proteger o mercado interno, principalmente de importações da China -que atua com força em setores beneficiados, como calçados e têxteis.

O modelo, diz, segue o exemplo de países como Itália e Reino Unido, que possuem programas de apoio e investem no design e na marca como "diferenciais de qualidade".

Costa ressalta ainda que a iniciativa pode gerar mais empregos qualificados. "Era um perfil de emprego mais criativo que muitas empresas não tinham."

"O custo reflete a importância dada pelo BNDES aos investimentos intangíveis ligados à qualidade, agregação de valor e competitividade", diz o BNDES.

Batizado de Prodesign, o programa dará suporte a investimentos em design, moda, desenvolvimento de produtos, diferenciação e fortalecimento de marcas.

BENEFICIADOS

Os setores que poderão se beneficiar do crédito subsidiado são têxtil e de confecções, calçadista, moveleiro, de higiene pessoal, de perfumaria e cosméticos, de utilidades domésticas, de brinquedos, de metais sanitários, de joias, relojoeira, de embalagens, de eletrodomésticos e de revestimentos cerâmicos.

"O design tornou-se item relevante para as cadeias produtivas da indústria de bens de consumo, enquanto a segmentação e diferenciação passaram a exigir elevado grau de conhecimento do perfil do cliente, demandando novos investimentos."

Segundo o BNDES, o investimento em qualidade, design e na marca "passaram a ocupar posição de destaque, ao lado da logística e do controle de canais de distribuição e de vendas" para o segmento de bens de consumo.

As empresas interessadas na nova linha de crédito poderão obter financiamento para pesquisa, desenvolvimento e aperfeiçoamento de produtos, embalagens, desenho industrial e design de moda, aquisição de softwares desenvolvidos no país, despesas com treinamento de empregados e participação em feiras e eventos no Brasil ou no exterior.

O banco apoiará ainda estudos, consultorias e projetos de certificação e registros no INPI (Instituto Nacional da Propriedade Industrial).

terça-feira, 29 de outubro de 2013

O papel dos líderes na criação de empresas inovadoras

As atitudes dos gestores desenvolvem ambientes mais propícios às novas ideias




A pergunta que faço na coluna deste mês é: o que fazem os líderes de empresas inovadoras para criar e sustentar um ambiente em que a inovação floresça e se mantenha em ciclos longos de vida? Seria a Apple mais inovadora devido à presença do Steve Jobs? Como fica a Apple sem Jobs? Menos inovadora? Seria a Natura uma das empresas brasileiras mais inovadoras devido à influência de seus três fundadores, Luiz Seabra, Guilherme Leal e Pedro Passos? Como fica a Natura profissionalizada e operacionalmente distante desses líderes? E, nas empresas dos leitores, qual é a influência de seus líderes em sua capacidade de inovar?

Em artigos anteriores, comentei sobre os desafios de criar uma cultura de inovação em que as pessoas se sintam motivadas e desafiadas a gerar ideias e desenvolver projetos inovadores. Comentei também que as empresas inovadoras têm estratégias bem definidas de inovação, tanto para as de caráter incremental, orientadas para o passado, quanto para as radicais, com potencial de gerar novos futuros. Comentamos também que as inovações requerem processos estruturados, que podem ser tão simples quanto “caixas de ideias” ou complexos quanto à criação de redes globais de inovação envolvendo empresas, universidades e centros de pesquisas. Mas qual é de fato o papel da liderança na criação e na sustentação de empresas inovadoras? Há espaço para a influência dos líderes? 

Pesquisadores da chamada “liderança situacional” argumentam que os valores pessoais dos líderes são determinantes das práticas das organizações que eles lideram. Segundo esses pesquisadores, os valores dos CEOs de grandes empresas são, de forma predominante, econômicos. Esse perfil tem se mantido imutável nas últimas quatro décadas e se caracteriza por líderes orientados para resultados financeiros, pelo uso econômico dos recursos e pelo acúmulo tangível de riqueza. Já os valores estético e social – o primeiro associado ao pensamento não racional, e o segundo, ao compromisso com as pessoas, à qualidade de vida e ao desenvolvimento pessoal – são de uma maneira geral menos pontuados, mas observados com maior frequência em empresas que se caracterizam pela criatividade e pela inovação.

Outros pesquisadores, os neurocientistas sociais, buscam entender as características do cérebro e a sua influência no comportamento social e organizacional. Eles sugerem que, apesar de os seres humanos serem capazes de transmitir ideias e adotar inovações mais rapidamente do que qualquer outra espécie, nosso cérebro é formado por estruturas que buscam se adaptar a diferentes circunstâncias do meio ambiente de forma incremental. Segundo esses pesquisadores, o futuro, o desconhecido e o novo levam a uma sensação de incerteza e insegurança, à qual nosso cérebro reage como se fosse uma ameaça. Em contextos de incerteza e ambiguidade, o cérebro assume uma posição defensiva, tomando decisões mais seguras e conhecidas. Para os neurocientistas sociais, essas emoções e comportamentos do cérebro humano podem ser minimizados pela criação de um ambiente de confiança. Isso cria um contexto em que as ameaças são reduzidas, e a busca do novo e a criatividade são liberadas. Líderes, nesse contexto, são aqueles que, além de motivar, inspiram a confiança. Um líder confiável, que tenha alto envolvimento emocional com uma causa ou um objetivo, é capaz de transmitir para o grupo segurança para experimentar e inovar. Neurocientistas têm pesquisado as fontes de confiança em grupos sociais e observam que a confiança está associada a um hormônio chamado oxitocina, produzido pelo hipotálamo e armazenado na hipófise posterior. Estudos com grupos de estudantes em jogos de risco sugerem que a oxitocina afeta de maneira especial o comportamento dos indivíduos em aceitar riscos em situações de interação interpessoal.

Assim sendo, como os líderes podem influenciar suas organizações para serem mais inovadoras?

Primeiro, sendo confiáveis e transmitindo de forma honesta e objetiva histórias sobre o futuro, mesmo que tenham dúvidas de como chegar até esse futuro.

Segundo, reconhecendo que o ganho econômico se dá por meio da criação permanente, desafiando paradigmas e modelos dominantes e valorizando as pessoas. O econômico pode até ser o fim, mas nunca o meio.

Finalmente, desafiando suas organizações e suas equipes para irem além. Criando um ambiente inspirador e produtivo, com uma definição clara de objetivos, pessoas capazes e treinadas e processos bem definidos.

Em resumo: ser confiável, ter valores inspiradores e organizar para inovar.

Vai comprar um imóvel? Saiba como ver o saldo do FGTS online

No mesmo ambiente da web é possível checar se o empregador está fazendo os depósitos regularmente, além de atualizar o endereço para envio do extrato em papel 

Moedas e casinha

Limite de valor do imóvel financiado com FGTS subiu para 650 mil ou 750 mil reais, dependendo do estado da federação.
Se você está planejando usar o dinheiro do seu Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para comprar um imóvel, há uma forma simples de verificar quanto você tem no fundo. A consulta ao saldo, aos depósitos feitos pelo empregador e até a atualização de endereço para receber os extratos do FGTS em casa pode ser feita online e gratuitamente no site da Caixa.
Bastra entrar no site do banco, opção Você>Serviços Sociais>FGTS. Ao clicar em "Extrato do FTGS",aparecerá uma tela em que você deverá informar o número do PIS/PASEP que consta na sua carteira de trabalho e uma senha, que pode ser cadastrada rapidamente na hora. Depois, basta informar o código de confirmação. Você verá então uma tela com todas as informações referentes ao seu fundo de garantia.
Você poderá então visualizar seu extrato, para verificar o saldo contido no fundo e também os depósitos do empregador. Dessa forma, é possível, por exemplo, verificar se o empregador não está faltando com os pagamentos, o que costuma ser motivo de inúmeras ações trabalhistas.
Você também pode optar por receber o extrato do seu FGTS regularmente por e-mail ou ainda atualizar seu endereço para recebê-lo em casa.
O ambiente do site da Caixa onde se pode ver as informações sobre o FGTS é o mesmo onde o trabalhador pode verificar informações acerca de um eventual seguro-desemprego que deva receber. Qualquer trabalhador com carteira assinada pode ter acesso a esse ambiente online, mesmo que não seja cliente Caixa. Basta cadastrar a senha.
Recentemente, o valor do imóvel que pode ser financiado com recursos do FGTS foi elevadopara 650 mil reais, sendo 750 mil reais para os estados de São Paulo e Minas Gerais, do Rio de Janeiro e o Distrito Federal. Outras regras também devem ser cumpridas, como ter no mínimo três anos sob o regime do FGTS e não possuir imóvel próprio na cidade onde reside ou trabalha. Veja os casos em que o FGTS paga seu imóvel

65% das empresas sofrem com a falta de qualificação


Segundo pesquisa da CNI, entre as empresas industriais brasileiras que atuam no segmento extração transformação, deficiência é maior para os cargos de operação

Mina da Mineração Maracá em Alto Horizonte/GO

Mina da Mineração Maracá em Alto Horizonte/GO: indústria de extração e transformação no Brasil sofre com falta de profissionais qualificados, segundo pesquisa da CNI
Sessenta e cinco por cento das empresas industriais brasileiras que atuam nos segmentos de extração e transformação sofrem com a falta de pessoal qualificado. É o que aponta uma pesquisa divulgada nesta segunda-feira pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). 
Para o estudo, foram ouvidos profissionais de 1.761 empresas de pequeno, médio e grande porte, em abril deste ano. De acordo com o levantamento, a dificuldade em encontrar pessoas com qualificaçãoacontece em todas as áreas, desde a operação aos níveis gerenciais. O caso mais crítico é do cargo de operador para a produção: 90% das empresas disseram ter problemas para encontrar profissionais para a vaga. Veja a tabela:

CargoParcela de empresas
Operadores para a produção90%
Técnicos para a produção80%
Administrativa68%
Vendas/marketing67%
Engenheiros para a produção61%
Gerencial60%
Pesquisa e desenvolvimento59%
Em que interfere
Segundo a pesquisa, a falta de profissionais qualificados afeta principalmente a busca das empresas por eficiência e a redução de desperdícios: 74% dos entrevistados apontaram este problema. Em seguida, aparecem a garantia da melhora da qualidade dos produtos (61%) e a expansão da produção (39%). 
Para contornar a deficiência, 81% das companhias optam pela capacitação interna de funcionários. Outras 43% apostam na política de retenção, feita por meio de salários e benefícios.
Já a capacitação externa, é alternativa encontrada por 38% dos respondentes. Outros 24% apostam em automação para tentar amenizar o problema. 
Os desafios da qualificação interna
Para 49% dos empresários pesquisados, a baixa qualidade da educação básica é o principal obstáculo para investir em qualificação. Quarenta e três por cento deles acreditam que os trabalhadores estão pouco interessados no processo e outros 42% têm medo de perder os profissionais para o mercado caso invistam em maneiras de qualificá-los. 

Gente medíocre é um serial killer de carreiras


O profissional medíocre não cabe mais no mundo em que estamos. Já quem trabalha bem e quer se aperfeiçoar sempre vai encontrar emprego


Executivo com luvas de boxe
Você se lembra de um conceito básico da matemática chamado mínimo múltiplo comum? Tínhamos de calcular qual seria o menor número que era múltiplo de outros dois ao mesmo tempo. De 6 e 9, por exemplo, seria 18. 
Recentemente, deparei-me com um conceito de gestão que me lembrou o curso primário. Trata-se do Menor Desempenho Aceitável (MDA). O que é isso? Ora, é o desempenho mínimo que alguém tem de demonstrar para não ser mandado embora do emprego, para não receber uma reclamação do cliente ou para deixar tudo exatamente como está.
Com frequência vejo o MDA sendo praticado por aí. Trata-se da filosofia dos medíocres. Gente que faz o menor esforço só para cumprir tabela, sem preocupação com surpreender, superar, evoluir. Uma legião de acomodados ao destino que eles mesmos construíram, que vão levando a vida esperando que algo melhor aconteça algum dia, por sorte. 
Aquela pessoa que sempre passou de ano com média 6, a menor nota suficiente. Você conhece esse tipo? Quero alertar que esse profissional medíocre é um serial killer de carreiras (ele prejudica os colegas também) e que não cabe mais no mundo em que estamos.
Nas empresas, vivemos a era da excelência, da qualidade, da preocupação com os detalhes e do aprimoramento contínuo. Definitivamente, não podemos fazer só o mínimo, pois o cliente é mais exigente e o concorrente está preparando o bote. Talvez seja conveniente lembrar de outro conceito da aritmética: o máximo divisor comum. Lembra? Trata-se do maior número inteiro que pode dividir outros dois.
Eu também não percebia sua aplicação, mas gostava da palavra máximo. E ainda gosto. No trabalho e na construção de carreiras profissionais nós não podemos esquecer o Maior Desempenho Possível (MDP), um índice inconstante, pois muda todos os dias, para cima, claro.
Felizmente a flosofia do MDP também é adotada por muitos, em todos os lugares, e salva nosso dia. Gente que sabe que dá para melhorar o desempenho sempre, e não se contenta em ficar como está. Alias, ninguém se mantém igual — ou melhora ou piora.
Ficar igual é ilusório, porque você sempre está sendo comparado com a média, e esta continua subindo. É que vivemos, atualmente, em um Mundo Mais Exigente (MME). E quem vai se sair melhor no MME? Os MDAs ou os MDPs?
Eugênio Mussak escreve sobre liderança. É professor do MBA da fundação Instituto de Administração (FIA) e consultor da Sapiens Sapiens

PROGRAMA DO LEITE EM ALAGOAS




A CPLA é a principal fornecedora do Programa do Leite em Alagoas, uma das modalidades do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), elaborado pelo Ministério do Desenvolvimento Social. Seu objetivo é propiciar o consumo do leite às famílias que se encontram em estado de insegurança alimentar e nutricional e incentivar a produção familiar.

A cooperativa ainda reforça a importância da iniciativa que fomenta a agricultura e beneficia as pessoas carentes em toda Alagoas. Em 2010, o Governo estadual ampliou o programa, proporcionando o ingresso de mais agricultores familiares no fornecimento do leite, o que estende as atividades da cooperativa, como também valoriza a cadeia produtiva. 

Atualmente a CPLA tem cerca de 2.300 produtores beneficiados com o programa, que movimenta 76.000 litros de leite diariamente, além de contemplar quase 80 mil famílias recebendo o alimento para complementar suas refeições.

Seminário e Laboratório de 
Práticas Internacionais

Inscrições Gratuitas!
Dia 11 de Novembro de 2013
Garanta sua Vaga! 
Informações e inscrições: 82 - 2121-3071


TECNOVA AL


Temos o prazer de convidá-lo(a) a participar do evento de pré-lançamento do Programa TECNOVA AL, de apoio à inovação em micro-empresas e empresas de pequeno porte, para o desenvolvimento de setores econômicos considerados estratégicos nos âmbitos nacional e local.

O Programa TECNOVA AL, que tem como parceiros a FINEP, a FAPEAL, a SECTI, a FIEA e o IEL, aportará recursos de subvenção econômica (recursos não reembolsáveis) no valor total de R$ 8.000.000,00 para as empresas que forem aprovadas na Chamada Pública.

O pré-lançamento será no dia 01 de novembro, às 9 horas, no auditório da Estácio/FAL.



quinta-feira, 17 de outubro de 2013


CURSO DE LOGÍSTICA EMPRESARIAL 

VI BIENAL INTERNACIONAL DO LIVRO DE ALAGOAS

Evento deste ano homenageia Portugal e vai trazer nomes importantes da literatura para o Estado


A VI Bienal Internacional do Livro de Alagoas, que é promovida pela Editora da Universidade Federal de Alagoas (Edufal), deve reunir 200 mil pessoas no Centro Cultural e de Exposições Ruth Cardoso, entre os dias 25 de outubro e 3 de novembro. Mais de 22 mil títulos vão ser expostos. O evento foi oficialmente lançado na manhã desta quarta-feira (11), no Hotel Ponta Verde. 

No café da manhã, compareceram representantes da Associação Brasileira das Editoras Universitárias (Abeu), da Câmara Brasileira do Livro (CBL) e do Governo do Estado, além do prefeito Rui Palmeira e de parceiros de instituições públicas e privadas. O evento deste ano homenageia Portugal.

A secretária municipal de Educação, Ana Dayse Dórea, ressaltou, na ocasião, a importância da Bienal para a educação. Ela garantiu estar presente no processo para que as crianças tenham acesso à leitura, criando um novo hábito. 

As instituições públicas e particulares estão sendo mobilizadas e as visitas, pré-agendadas e monitoradas. Segundo informações da organização, a visita dos alunos dá a dimensão do papel da Bienal no contexto educacional, que representa, para os estudantes, um aprendizado especial e diferente da rotina de sala de aula, além de promover a literatura e proporcionar conhecimento à população. 

Já Stela Lameiras, diretora da Edufal, ressaltou a importância do evento para os alagoanos, afirmando crer que a iniciativa mobiliza toda a sociedade. Para Rachel Rocha, vice-reitora da Ufal, a Bienal consolida a aproximação entre universidade e sociedade. “Significa a expansão da instituição, ultrapassando os muros da Ufal”, avaliou. 

A agenda cultural desta edição conta com nomes da literatura regional, como Nilton Resende e Arlete Vilela, além de escritores como Ariano Suassuna, Milton Gonçalves, Ney Sant'ana, Laura Muller e Tico Santa Cruz. Também marcará presença o escritor português Boaventura Santos, representante do país homenageado. 

domingo, 13 de outubro de 2013

Pare de se enganar: sucesso pede autoconhecimento

O professor de Harvard Robert Steven Kaplan diz que o sucesso depende de um processo corajoso de conhecimento pessoal


Robert Steven Kaplan, professor de Harvard

Robert Steven Kaplan tornou-se professor da escola de negócios de Harvard em 2005, depois de uma carreira de mais de 20 anos em Wall Street — a maior parte do tempo como alto executivo do banco Goldman Sachs, de onde saiu como vice-presidente do conselho (não confundir com o professor homônimo, criador da metodologia Balanced Scorecard).

Mesmo com um grande repertório em gestão de investimentos, na academia ele enveredou pela linha de estudos do comportamento profissional. Em seus livros, Kaplan trata da investigação profunda que os profissionais devem fazer em suas fontes de motivação — que, segundo ele, não são investigadas e por isso as pessoas não crescem. É nesse ponto que entra a experiência do mercado financeiro.
Como orientador de carreira, Kaplan não amacia. “Executivos bem-sucedidos devem ser capazes de listar seus pontos fortes e fracos”, diz. Em entrevista à VOCÊ S/A, o professor fala sobre seu novo livro, What You’re Really Meant to Do (“O que você realmente deve fazer”, em tradução livre), que será lançado em maio nos Estados Unidos. E ele promete ir fundo na busca dos interesses profissionais. 
VOCÊ S/A - As pessoas realmente buscam conhecer a si mesmas? 
Robert Steven Kaplan - Todos nós, e aqui me incluo, temos “pontos cegos”, ou seja, características pessoais das quais não temos conhecimento, mas que são evidentes para quem nos observa. Os profissionais estão em diferentes estágios do processo de conhecimento íntimo.
Nunca conheci alguém que não precisasse de ajuda ou conselho para se desenvolver. Uma pessoa pode prescindir de ajuda durante algum tempo, mas em algum momento certamente precisará conversar. A situação é a seguinte: se você não precisa de conselho, não está produzindo nada. Está parado, não está crescendo.
VOCÊ S/A - Essa busca é um processo constante, certo? 
Robert Steven Kaplan - É importante dizer que não são somente as pessoas que mudam. O mundo também está em transformação. A natureza das empresas e das indústrias muda. E você também muda: pode assumir novas responsabilidades, por exemplo. A busca do potencial único é certamente um processo constante.
Uma situação muito comum é encontrar uma pessoa que trabalha há dez anos no mesmo lugar e simplesmente deixa de gostar da empresa, do trabalho. A pergunta é: por quê? Ouço bastante esse tipo de queixa: “Eu costumava amar meu emprego, hoje detesto”. O que aconteceu? O emprego mudou ou é o profissional que está diferente? 
VOCÊ S/A - Com qual frequência devemos revisitar o que sabemos sobre nós? 
Robert Steven Kaplan - Não há um tempo certo, mas claro que não pode ser algo feito a cada segundo. Meu livro fala em atualizações regulares de seus pontos fortes e fracos, de suas paixões, de quem você é, o que você ama, qual o seu caráter, seu tipo de liderança. Essas são perguntas que as pessoas devem se fazer de tempos em tempos. O livro é como um roteiro — você não precisa consultá-lo sempre, mas deve pegá-lo de vez em quando para ter certeza de que sabe para onde está indo. 
VOCÊ S/A - O senhor acha que as pessoas dedicam a energia necessária a essa investigação?
Robert Steven Kaplan - Se você é cínico, tem complexo de vítima ou acha que o mundo é muito injusto, terá muita dificuldade em tentar qualquer caminho diferente daquele que está trilhando. Esse tipo de mentalidade negativa coloca o profissional em um ciclo de insatisfação. Lido com pessoas que são cínicas ou que acreditam que a Justiça não funciona o tempo todo. Percebo o quanto isso é improdutivo.
Nos Estados Unidos, quando se fala em imposto, por exemplo, há quem acredite que nada funcionará, que o governo está sempre prejudicando a população. É difícil encontrar uma solução quando se adota um padrão de comportamento destrutivo. Entendo que as pessoas recorrem a ele para se proteger. Elas já foram prejudicadas e não querem passar por isso novamente. Só que, no fim das contas, acabam prejudicando a elas mesmas. 
VOCÊ S/A - De acordo com o livro, esse tipo de mentalidade está relacionadoa experiências negativas que persistem na memória e prejudicam o desempenho. Isso é comum no trabalho?
Robert Steven Kaplan - Se você me der mil pessoas, lhe darei mil narrativas diferentes. A mais comum é “não sou bom o suficiente” e suas variações. Mesmo se as pessoas que convivem com o profissional o consideram incrível, a narrativa persiste. Isso leva profissionais a cometer erros graves.
As situações de pessoas que perdem a cabeça, que não cooperam e que são imprevisíveis, em muitos casos, não acontecem porque são babacas. Elas ocorrem por causa de insegurança, porque querem se proteger. Cada pessoa tem sua própria narrativa negativa. Não há quem não a tenha. O segredo é ter consciência de que ela existe e entender como afeta seu comportamento. Livrar-se dela não é possível. Mas saber que ela existe e não ser prisioneiro dela, sim. 
VOCÊ S/A - O senhor diz que devemos buscar uma definição própria para o sucesso. Como fazer isso diante dos modelos que a sociedade impõe? 
Robert Steven Kaplan - O livro é justamente sobre isso. É preciso entender pontos fortes e fracos e quais são suas paixões para definir o conceito próprio de sucesso. É um processo que demanda muito trabalho. A pressão dos colegas é muito forte. O roteiro que proponho não vai fazer com que o profissional fique blindado a essa pressão.
Além de conhecer suas qualidades e defeitos, ele deve entender por que se sente vulnerável à pressão social. Talvez falte autoconfiança. Ou então haja questões não resolvidas com os pais, o que leva o sujeito a tentar agradar os outros. Esse entendimento aumenta a determinação. 
VOCÊ S/A - Em termos práticos, quais estratégias um profissional pode adotar para se conhecer? 
Robert Steven Kaplan - Um bom exemplo é pensar em um momento durante a vida em que se sentiu melhor. O que você estava fazendo? Por que gosta tanto desse momento? Talvez você estivesse trabalhando com esportes, com crianças ou simplesmente escrevendo. Quais tarefas estava desempenhando? Por que você era tão bom nessas tarefas? É apenas um exemplo de exercício simples, que força a pensar sobre o passado.
Quando as pessoas fazem isso, percebem que gostam de trabalhar com gente ou com vendas, por exemplo. Mais: percebem que não pensavam a respeito disso havia anos. Na sequência, minha pergunta é: por que não trabalhar em uma empresa que ofereça esse tipo de trabalho? O importante é fazer algo além de pensar. Há o cérebro e o coração. Em outras palavras, pensar no que sentimos é fundamental.

Governo quer reduzir prazo para abertura de
empresas


Por Daniel Rittner e Lucas Marchesini | De Brasília

O governo federal promete reduzir, de seis meses para apenas cinco dias, o tempo médio de abertura e fechamento de empresas até o fim de 2014. Com isso, espera um salto do país no "Doing Business", um ranking do Banco Mundial que serve como referência para a qualidade do ambiente de negócios. No item que mede a facilidade em abrir e fechar empresas, o Brasil ocupa atualmente a 121ª posição, entre 185 economias do planeta.

De acordo com o ministro da Secretaria Especial da Micro e Pequena Empresa, Guilherme Afif Domingos, a meta é colocar o país nas primeiras 30 posições. Um contrato entre a nova pasta e a estatal Serpro, no valor deR$ 31 milhões, será firmado até o fim de outubro. O Serpro criará um sistema on-line, com prazo de 12 meses para começar a funcionar, que unificará todos os registros necessários à abertura e ao fechamento das empresas. "Isso requer pesado investimento tecnológico em todas as juntas comerciais do Brasil", disse Afif ao Valor.

Para esse sistema sair do papel, é preciso que haja um "balcão único" de registros, com base no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ). Ele substituirá inscrições estaduais, municipais, em órgãos ambientais e na vigilância sanitária. Prevê-se ainda que empresas de "baixo risco", em termos ambientais e de insalubridade, poderão ser abertas antes de passar por vistoria prévia, por exemplo, do Corpo de Bombeiros. 

"Cerca de 90% das micro e pequenas empresas são de baixo risco", explicou o ministro. Para ilustrar, mencionou o caso de lavanderias: se as máquinas são movidas a energia elétrica, e não há nenhum caldeirão a lenha no empreendimento, não há risco alto.

A unificação de cadastros, no entanto, requer a aprovação do projeto de lei complementar 237, de 2012. Ele tramita numa comissão especial da Câmara dos Deputados e o relator, Cláudio Puty (PT-PA), deve apresentar um texto substitutivo nos próximos dias. A última audiência pública sobre o assunto deverá ocorrer amanhã em Brasília.

De volta de uma licença médica que durou 45 dias, causada por uma fratura no cotovelo direito, Afif iniciou um"corpo a corpo"com parlamentares para acelerar a tramitação do projeto. Sua expectativa é que a Câmara possa aprová-lo nas próximas semanas, no plenário, e de que o Senado coloque a matéria em regime de "urgência urgentíssima". "É uma questão que não gera conflito, mas consenso multipartidário. O Congresso é protagonista, não coadjuvante."

O projeto representa a maior revisão do Simples Nacional desde 2007. Uma das principais mudanças é ampliar o escopo de atividades econômicas que podem ser enquadradas no regime tributário especial para micro e pequenas empresas. Escritórios de advocacia, de arquitetura, profissionais de comunicação, academias de ginástica, corretores de imóveis, farmácias de manipulação estão na lista de atividades que hoje não são contempladas.

Um dos pontos centrais do projeto é universalizar a possibilidade de enquadramento. A única exigência passa a ser o respeito ao faturamento máximo de R$ 360 mil para micro e de R$ 3,6 milhões para pequenas empresas - sem diferenciação por segmentos da economia.

Diante das restrições atuais da política fiscal, Afif descarta a hipótese de corrigir imediatamente os valores máximos do Super Simples, como o regime também é conhecido. Por enquanto, segundo o ministro, o esforço é ampliar a base de atividades cobertas. "Em vez de ampliarmos o limite, na primeira etapa, vamos dar prioridade a expandir horizontalmente o Simples Nacional a todos os setores", afirmou.

Ele adiantou ainda que "estão sendo estudadas" fórmulas para criar um regime de transição e evitar a "morte súbita" das empresas que ultrapassam o teto de faturamento. 

Hoje, muitos empreendedores abrem empresas com outro CNPJ para evitar a perda do benefício. Uma das alternativas em análise é o pagamento de impostos, fora do Super Simples, apenas pelo corresponde à parcela que extrapola o teto e não sobre todo o faturamento.



terça-feira, 8 de outubro de 2013



Descubra a sua paixão


Identificar aquilo de que você realmente gosta pode ajudá-lo a perceber boas oportunidades de negócios.

Por Elisabete Miranda 

Sempre ouvimos falar que uma das principais fórmulas para o sucesso na vida profissional é fazer o que você ama. No entanto, um dos primeiros obstáculos é descobrir qual é a sua paixão. Converso sobre isso com uma amiga querida há mais de 20 anos, e ela continua me dizendo a mesma coisa: “Não sei pelo que eu tenho paixão”. O interessante é que ela não é de forma alguma uma pessoa sem paixão. Muito pelo contrário, ela é apaixonada por muita coisa, por crianças e por pessoas em geral, ama conversar, ajudar etc.

Infelizmente, assim como minha amiga, muitos de nós vamos pelo caminho errado para procurar a paixão. Ou seja, pensando sobre ela. Estamos habituados a analisar, racionalizar e tentar entender as coisas. E é aí que está o problema, pois a paixão não está no cérebro, mas sim no coração. Não importa o quanto pensemos no assunto, temos de agir e sentir! Pode parecer meio piegas, mas tudo fica mais fácil quando seguimos o coração.

Esse é um dos fatores da equação. Outro componente básico é fazer tudo com paixão. Como assim? Escolhendo ser apaixonado pelo que você faz – pelo menos enquanto tiver de fazê-lo. Isso pode lhe dar muitas oportunidades de negócios. E, como já disse em outros artigos, a paixão é contagiante. Ao estar totalmente engajado com o que faz, você se torna muito mais interessante para as pessoas à sua volta – seja na vida pessoal, seja na profissional.

Mas, então, como fazer para encontrarmos a paixão?

Aqui vão algumas dicas aprendidas na minha própria busca.

1. Ame tudo o que você faz
Ao adotarmos essa filosofia, temos duas opções: no caso de tarefas obrigatórias, podemos decidir simplesmente delegá-las ou não desempenhar nenhuma delas. Ou então, podemos escolher fazê-las de coração. Qualquer outra opção não será saudável. Ao assumirmos o compromisso de amar tudo o que fazemos, fortalecemos os músculos da “paixão” e entramos em um mundo novo. Não podemos ignorar que os seres humanos são definidos pelos hábitos. E, convenhamos, passamos praticamente 80% do nosso tempo acordado trabalhando. Como esperar que alguém que passe 80% do seu tempo reclamando ou aborrecido vá agir de forma entusiasmada e apaixonada nos outros 20%?

Pessoas bem-sucedidas nunca são vítimas das suas circunstâncias. Elas reconhecem que têm responsabilidade por qualquer situação e assumem o controle adequadamente. Detalhe: nem sempre podemos mudar o que estamos fazendo em um determinado momento. No entanto, sempre podemos mudar a forma como estamos fazendo.

2. Preste atenção nos livros, revistas, filmes e passatempos de que você gosta. Eles têm algo em comum?
Quais são os assuntos que estão sempre à sua volta? Onde você concentra o seu tempo, dinheiro e energia? Eles são temas recorrentes? Essa análise será muito mais eficaz se você ouvir seu coração – o corpo, e não o cérebro. Com o que você se empolga? Lembre-se de que as paixões são muitas vezes irracionais e brigam com a lógica e a razão. É fundamental prestar atenção no coração e nas sensações físicas para melhor entender a paixão.

3. Sobre o que você gosta de falar, de aprender ou de ensinar?
Essa é uma pergunta realmente útil e você não deve se censurar ao respondê-la. Com tanta gente vivendo no mundo, é muito provável que exista mercado para as coisas que lhe interessam. Caso tenha dificuldade para chegar a uma conclusão, pergunte a familiares e amigos sinceros qual é o assunto que eles estão cansados de ouvir você falar. Essa será uma ótima dica.

Além disso, não subestime o poder de incorporar a paixão no seu negócio ou carreira atual. Pode ser que você não precise mudar radicalmente o que está fazendo, mas sim injetar mais do que você ama na sua vida.

4. Pare de falar e comece a agir
Pois é, não adianta só falar, temos de agir e viver com paixão. Isso significa fazer coisas de que gostamos, como ler, escrever, fotografar ou fazer cursos. Não tem desculpa: fazer as atividades de que gostamos, principalmente no mundo atual, pode ser bem econômico. Ler, escrever e às vezes até se inscrever em cursos online gratuitos só requer tempo, esforço e foco. Porém, a satisfação de fazer algo que amamos não tem preço.

Ao agirmos de acordo com a nossa paixão, geramos energia, motivação e o compromisso necessário para criar e atingir o sucesso e a realização que desejamos, e é incrível como arrumamos tempo para isso.

Ok, ainda não sabe qual é a sua paixão? Não se acomode – pare de pensar e comece a experimentar! E, a cada experiência, por menor que seja, não pense, sinta! Suas ideias de novos negócios ou de novas ideias para o seu negócio vão aflorar. E aí, meus amigos, tudo ficará mais fácil, tudo fluirá. A vida é muito mais linda quando a vivemos com paixão!

Empreendedores suíços lançam tradutor em tempo real

Equipamento batizado como Sigmo traduz automaticamente em 25 idiomas

Sigmo: aparelho faz tradução de voz em tempo real (Foto: Divulgação)
Um pequeno alto-falante, que pode ser segurado entre dois dedos, promete acabar com as saias justas entre pessoas que falam idiomas diferentes. Batizado de Sigmo, o equipamento traduz, automaticamente, 25 línguas em tempo real, inclusive o português do Brasil.
Para funcionar, o equipamento é conectado ao smartphone do usuário através do Bluetooth e conta com um aplicativo que usa um software de reconhecimento de voz para converter frases faladas em texto. Esse texto é traduzido usando um serviço como o do Google Translate, e depois o app converte esse texto em som novamente.
O Sigmo alcançou sua meta de levantamento de recursos no site Indiegogo, onde estava disponível para venda por US$ 50. O vídeo mostra como o equipamento funciona.
Os inventores do Sigmo são os suíços Marti Karrer e David Barnett, que já enfrentaram barreiras por causa do idioma durante suas viagens.
Para acessar o vídeo visite: http://www.youtube.com/watch?v=XjyhPnd-AEI
PRAZO DE GUARDA DE DOCUMENTOS

"O prazo para guarda de documentos relaciona-se com o prazo decadencial e prescricional relativo a eventuais ações que lhes sejam pertinentes e a constituição de créditos tributários. Descrevemos os prazos para prescrição e decadência, que em última análise são os mesmos prazos que devemos obedecer para GUARDA de documentos."


Fonte: Informativo mensal de Julho de 2013: Aceite Assessoria Contábil e Consultoria Empresarial, CRC/AL 3666/O. / Site: http://www.aceite.com.br/